terça-feira, 16 de maio de 2017

Áfricas - Herero, Himba, Pokot e povos nômades

Exposição



Começa amanhã, 17 de maio, às 19h, no Centro Cultural Justiça Federal, a exposição "Áfricas: Herero, Himba, Pokot e povos nômades", da fotógrafa Alice Kohler. 
São fotografias que pretendem mostrar um pouco dos encontros fortuitos, que tornaram as viagens de Alice, pelo continente africano, momentos de revelação e descobrimento de um mundo quase intocado. Seja nos desertos e savanas ou nos centros urbanos, a população africana se esmera em originalidade, com seu jeito colorido, com panos e contas, que contam a história das tribos, dos clãs, dos povos, de ontem e de hoje.


Atualmente a África possui 2.092 línguas faladas, que correspondem a nada menos que 30% dos idiomas em todo o planeta, além de mais de 8.000 dialetos. Apaixonada por essas etnias e por toda a diversidade que as cercam, a fotógrafa, em um período de quatro anos, realizou três viagens ao continente: Benin, África do Sul, Quênia, Botswana e Namíbia. De acordo com Alice, em cada uma delas, saltaram aos olhos, figuras femininas e masculinas, que destacavam entre si atributos, como beleza, elegância e nobreza, em meio a cenários mais ou menos inóspitos e precários.



"Em minha primeira viagem, em 2012, acompanhada de um médico nômade sem fronteiras, doutor Aldo Lo Curto, seguimos para Ganvie, uma lagoa, onde vive uma comunidade de religião animista, que mora em casas de palafitas e vive de pesca. Na periferia da cidade fizemos trabalhos sociais, viajamos para algumas aldeias nas savanas, e enquanto o médico cumpria seu ofício como cirurgião, eu fotografava toda aquela diversidade humana, que desfilava em minha frente, em todos os sentidos, antropológico, histórico e cultural". Emociona-se Alice.





Em 2014, já na África do Sul, a fotógrafa teve o 
contato com o povo Himba, que vive na fronteira com a Angola, em uma área de deserto, onde quase não existe água e passam a vida sem tomar banho. Segundo Alice, "suas figuras são incrivelmente sedutoras, com os corpos cobertos por uma terracota, os cabelos em longos dreads, da mesma cor, e inúmeros adereços muito coloridos nas cabeças, pescoços e nos braços."


A convite da monja budista, Doju, em 2015, Alice foi trabalhar com crianças de uma escola, em Laikipia, no Quênia, onde houve uma invasão do povo Pokot. Tudo sendo registrado por suas lentes.


Com um olhar apurado e suas fotografias, Alice Kohler nos leva a caminhos mágicos, cheios de calor e cores, típicos do povo africano. Imperdível!
A exposição vai até o dia 02 de junho. 
O endereço do CCJF fica na Avenida Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.


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